quinta-feira, 20 de junho de 2013

As 10 mulheres que marcaram a história da literatura Parte IV

As 10 mulheres que marcaram a história da literatura
Parte IV








Simone de Beauvoir

É a principal teórica do movimento feminista. Em seu livro, O segundo sexo, ela analisa a visão e o papel da mulher na sociedade. Em suas obras aborda questões relacionadas ao existencialismo, responsabilidade, ação e vida matrimonial na perspectiva feminina. Beauvoir acrescenta em sua produção literária elementos autobiográficos; nesse sentido é importante enfatizar sua autobiografia Memórias de uma moça bem comportada e o ensaio Balanço final.

Trecho do livro O segundo sexo


“Simone de Beauvoir, constatando a realidade ainda imediata do prestígio viril, estuda cuidadosamente o destino tradicional da mulher, as circunstâncias do aprendizado de sua condição feminina, o estreito universo em que está encerrada e as evasões que, dentro dele, lhe são permitidas. Somente depois de feito o balanço dessa pesada herança do passado, poderá a mulher forjar um futuro, uma outra sociedade em que o ganha-pão, a segurança econômica, o prestígio ou desprestígio social nada tenham a ver com o comercio sexual. É a proposta de uma libertação necessária não só para a mulher como para o homem.”





Raquel de Queiroz

 Raquel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Sua prosa é escrita de maneira dinâmica, sobretudo quando se trata da técnica discursiva podendo ser relacionada com a narrativa da novela de tradição popular. Essa forma de “contar” os fatos se torna mais prazeroso para o público. Raquel trabalha aspectos que demonstram uma preocupação social, como a seca no Nordeste; inspiração ideológica, econômica e política. A personagem Conceição de O Quinze vive uma crise de identidade e autonomia diante de uma sociedade patriarcal, recusando o amor de Vicente.

Sobre a criação Literária

“Romance é como gravidez. Aquilo fica dentro de você, crescendo , incomodando, até sair. Quando falo que meus filhos saem em intervalos de quinze anos, não estou fazendo charme. Esse é meu tempo. Memorial de Maria Moura, meu último livro, é de 1992. Antes dele, tinha publicado Dora, Doralina, em 1975”. Raquel de Queiroz.


As próximas escritoras: Adélia Prado e Clarice Lispector
Para os leitores de Agatha Christie, estou preparando uma postagem...


Referências
A literatura portuguesa através dos textos, 2006.
Enciclopédia do Estudante. Literatura Universal, 2008.
Língua Portuguesa. Novas Palavras, Manual do Professor, 2010



5 comentários:

  1. Simone está um nível acima... além de excelente escritora, foi ativista do feminismo, e existencialista como seu companheiro Sartre... essa corrente filosófica é a que mais influência exerce sobre mim... Raquel está bem localizada, foi ótima romancista... aguardo Clarice, essa merece edição especial... bjs

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  2. Sou suspeita para elogiar a primeira escritora. Simone de Beauvoir foi uma escritora, que, assim como Sartre merece nossa digníssima atenção. Ambos fixaram em suas obras aspectos muito condizentes com seus ideais e pensamentos filosóficos. Bom, mas como estou falando dessa mulher forte e corajosa, que em pleno séc. XX foi capaz de chocar uma sociedade puramente falocrata na França com a publicação de "O Segundo Sexo”, confesso que senti vontade de deixar por aqui um comentário. Simone, através da grande influência herdada do seu companheiro Sartre, sobre a teoria existencialista, fez de suas obras um despertar e um alerta para muitas mulheres que não tinham liberdade social. Seguindo o mesmo pressuposto de Sartre, de que o homem é responsável por criar seu próprio destino, a escritora trouxe a realidade social de muitas mulheres para dentro de suas obras, retratando, assim, a sensação da mulher diante de sua condição feminina, de sua solidão e de sua angústia naquela sociedade desigual, tal como ocorre no seu romance “A Mulher Desiludida”. No ensaio, “O Segundo Sexo”, a escritora as orientava a uma libertação, a uma existência livre e autentica, deixando uma esperança para que estas lutassem e reivindicassem pela igualdade entre os sexos.
    Acredito que por trazer o relacionamento entre o existencialismo com às questões sociais, foi o principal motivo de a destacarem como uma das grandes representantes do movimento feminista, como você bem ressaltou ( mas, acredito que ela tenha sido A MELHOR, rsrs). Por possuir muito potencial intelectual, tanto na política de sua época como às próprias abordagens existenciais, obteve sucesso em transmitir e em escrever sobre o verdadeiro sentido do "ser mulher" na sociedade de sua época à época de hoje. Amei sua postagem!

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    1. Adorei sua contribuição Jennifer!! Eu sabia que você não aguentaria ler sobre a Simone e ficar calada!!!rsrs Beijos!!! Você sabe que mora em meu coração...sentirei muitas saudades de você e de nossas conversas!!

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    2. rsrs Você também ficará guardada em meu coração. Sentirei muitas saudades da pessoa companheira, auxiliadora e prestativa que é.Se cuida, beijos!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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